Demência é denominação geral usada para dar nome a uma série de doenças em que ocorre dano da capacidade cognitiva e comportamental que conduzem a perda de autonomia.
O termo “défice cognitivo ligeiro” é usado nas situações que a autonomia está preservada, mas a capacidade cognitiva é inferior à esperada (dependente da idade e grau de escolaridade). Os doentes com DCL têm um risco de progressão para demência de 10 a 15% por ano.
A demência atingia 50 milhões de pessoas em 2020 estimando-se que este número possa triplicar até 2050, ocasião em que se presume que venham a existir 150 milhões de casos a nível mundial. Em Portugal estima-se a existência de 200.000 doentes com este diagnóstico.
A prevalência da demência aumenta com a idade e sua forma mais comum é a Demência de Alzheimer.
A demência pode condicionar/afetar múltiplos domínios (cognição, capacidade funcional, comportamento):
- Alteração da memória
- Dificuldade na linguagem/compreensão
- Desorientação no espaço e no tempo
- Dificuldade em planear, organizar
- Incapacidade de realizar atividades complexas (condução, medicação, dinheiro, cartões multibanco, pagamento de contas, utilizar telemóvel, cozinhar) ou mesmo básicas (higiene, vestir, alimentar se, continência)
- Alteração de personalidade/conduta social; apatia/depressão; euforia; delírios ou alucinações; alteração do sono
O padrão de afetação dos diferentes domínios pode apontar para o tipo de demência de que padece um dado doente.